Pai de Bernardo perdoa assassino que tirou a vida do seu filho na creche em Blumenau. O que a bíblia diz sobre isso?

Creche de Blumenau foi alvo de ataque que resultou em quatro crianças sem vida

O perdão é uma das virtudes mais nobres e difíceis de serem praticadas pelo ser humano. Afinal, é natural que sintamos raiva, rancor e mágoa quando alguém nos fere ou prejudica de alguma forma.

Porém, é importante lembrar que o perdão não é apenas uma questão de “deixar para lá” ou “esquecer o que aconteceu”. Na verdade, é um processo de cura interior que nos liberta do peso das emoções negativas e nos permite seguir em frente com mais leveza e paz.

Um exemplo de perdão que inspira muitas pessoas é o caso do pai que perdeu seu filho na tragédia ocorrida em uma creche na cidade de Blumenau nesta quarta, dia 5 de abril.

Um homem de 25 anos invadiu a instituição e tirou a vida 4 crianças de forma cruel. Mesmo diante de uma perda tão dolorosa e injusta, o pai de uma dessas crianças escolheu perdoar o assassino e buscar a paz interior.

Essa atitude profundamente cristã é baseada em várias passagens bíblicas que falam sobre o perdão. Uma delas é a frase de Jesus no Sermão da Montanha, registrada em Mateus 6:14-15:  “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas”.

Ou seja, o perdão não é apenas uma questão de benevolência, mas também de uma necessidade espiritual.

Outra passagem bíblica que fala sobre o perdão é a parábola do servo incompassivo, em Mateus 18:23-35. Nessa história, um rei perdoa a dívida de um de seus servos, mas esse mesmo servo se recusa a perdoar a dívida de um colega.

O rei, ao descobrir o comportamento egoísta do servo, o entrega aos torturadores até que pague tudo o que deve. A lição da parábola é que aqueles que recebem o perdão de Deus devem estender esse mesmo perdão aos outros.

O perdão é um ato de amor e compaixão que nos aproxima de Deus e dos outros. É um processo que pode ser difícil, mas que nos traz muitos benefícios emocionais e espirituais. E, como mostrou o pai que perdeu seu filho em Blumenau, o perdão pode ser uma escolha mesmo diante das piores tragédias da vida.

Diante do exemplo desse pai, podemos nos perguntar: o que faríamos em sua situação? Seríamos capazes de perdoar alguém que tirou a vida de nosso ente querido? O perdão não é fácil, mas é uma escolha que pode trazer libertação e paz. Que possamos seguir o exemplo de Jesus Cristo, que nos ensina a amar e perdoar nossos inimigos.