Uma menina chinesa de 18 meses passou por uma cirurgia para retirar o  feto de seu irmão gêmeo alojado em seu cérebro. A condição extremamente rara é conhecida como fetus in fetus ou  gêmeo parasita. Ela ocorre quando um feto malformado é absorvido pelo corpo de seu gêmeo, ainda no útero, durante a gestação. 

O caso ocorreu em dezembro de 2022 e foi relatado apenas agora pela revista científica Neurology. Até hoje menos de 200 casos de gêmeo parasita foram relatados pela ciência. Em apenas em 18 desses relatos, o feto foi encontrado dentro do crânio de seu irmão.

Diagnóstico e cirurgia

A criança, que não teve a identidade revelada, foi levada ao médico pelos pais depois de apresentar problemas em seu desenvolvimento motor e o volume da cabeça aumentado. A partir dos exames, descobriram que além de hidrocefalia, o acúmulo de líquido no cérebro, a menina tinha o feto parasitário de seu irmão gêmeo alojado no cérebro. 

O feto de aproximadamente 10 centímetros de comprimento chegou a desenvolver os membros superiores, ossos e unhas, o que sugere que ele cresceu por alguns meses enquanto ainda estava no útero da mãe.

Os médicos disseram que ele continuou a sobreviver um ano após o nascimento porque compartilhou o suprimento de sangue com a menina. O feto parasita foi retirado. Não está claro se a menina sofrerá danos a longo prazo.

Entenda a condição

O que é o Gêmeo Parasita?

É quando um feto malformado é absorvido pelo corpo de seu irmão gêmeo. A condição  também é conhecida como Fetus in Fetus (FIF).

É uma síndrome comum?

É uma condição rara. Estima-se que ela possa afetar 1 a cada 500 mil fetos vivos. Apesar disso, até hojemenos de 200 casos foram relatados na literatura médica desde a sua descoberta, no século XIX.

Quais são as áreas afetadas?

Em 80% dos casos, os gêmeos parasitas são encontrados no abdômem do feto normal. Mas ela pode ocorrer em outras áreas do corpo como no casa da menina chinesa. Existem apenas 18 casos conhecidos onde o feto foi encontrado dentro do crânio de seu irmão.